sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Distribuição desigual dos recursos hídricos em Portugal.

A distribuição dos recursos hídricos depende das condições climáticas e das características geológicas de uma área. Em Portugal(1) , de clima Mediterrâneo com influências Atlânticas de intensidade variável, os contrastes são visíveis, apesar da sua reduzida dimensão. A vegetação, a paisagem, as actividades praticadas e a disposição do povoamento reflectem em grande parte a disponibilidade dos recursos hídricos.
A distribuição irregular da precipitação repercute-se na quantidade de água drenada pelos rios em Portugal; o Rio Douro tem um escoamento de 680 m3/s, o Rio Tejo 250 m3/s, o Rio Mondego e o Rio Guadiana apresentam valores de 100 m3/s, mas este último apresenta um caudal específico (em relação com a superfície da bacia hidrográfica) de apenas 3 l/s/km2, enquanto que o Rio Mondego tem um caudal específico superior a 25 l/s/km2 (Daveau, 1998). Os rios do Norte do País, como o Rio Douro, e os que atravessam serras chuvosas, como o Rio Zêzere que atravessa a Cordilheira Central, são mais caudalosos. O Rio Guadiana, que atravessa a planície alentejana, tem um caudal específico muito mais baixo. O Rio Tejo, o rio mais comprido em Portugal, marca a divisão entre o Norte húmido e o Sul seco, que constitui a característica espacial mais peculiar do território português.

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