sexta-feira, 16 de abril de 2010

Falta de água pode levar a conflitos em 2025!

A «União para o Mediterrâneo» quer evitar que cerca de 290 milhões de pessoas do mediterrâneo tenham acesso limitado à água, em 2025, situação que pode originar conflitos na região, nomeadamente entre Turquia e Iraque que partilham as águas de um mesmo rio.
O alerta foi dado hoje pela ONU durante a conferência euro-mediterrânica sobre a água, que decorre em Barcelona. Trata-se do primeiro grande desafio da recém-formada «União para o Mediterrâneo».
A estratégia para evitar a situação de conflito e garantir o abastecimento de água passa pela poupança de água em cerca de 25 por cento do que se consumiu em 2005, até 2025.
Os compromissos assumidos na conferência incluem também a preservação dos recursos hídricos, uma melhoria da sua gestão, a salvaguarda da saúde pública, a erradicação da pobreza e da origem dos problemas de exclusão nesta região. A reunião tem como objectivo aprovar um documento que garanta o abastecimento de água às populações em toda a bacia, num momento de expansão demográfica e em que os efeitos das alterações climáticas se fazem sentir, e conta com a presença da ministra do Ambiente, Dulce Pássaro. No entanto, nem todos os Estados concordam com a estratégia. É o caso da delegação israelita, que se opõe a que se faça referência aos territórios ocupados. Mas a ministra do Ambiente e dos Assuntos Rurais de Espanha, Elena Espinosa, que presidiu à abertura da conferência sobre a água, manifestou-se esperançosa de que as diferenças sejam superadas.
O secretário-geral da «União para o Mediterrâneo», Ahmad Masa`deh, afirmou que cerca de 50 projectos estão a ser desenvolvidos e salientou que o debate sobre a água não pode ser de natureza local, devendo envolver a ONU, a Liga Árabe e o Conselho de Ministros Africano.
Já o secretário para os Assuntos Europeus francês, Pierre Lollueche, alertou para o facto de as tensões sociais sobre os recursos hídricos na região do Mediterrâneo serem agravadas pelo aumento da procura turística internacional, juntamente com a redução das chuvas e o aumento das temperaturas.
Fonte : IOL

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